Reabilitação urbana caiu 9,8%
O inquérito mensal à Reabilitação Urbana, realizado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), revela dados contraditórios para o acumulado do primeiro semestre, com a actividade a diminuir, mas a carteira de encomendas a aumentar de forma significativa.
Os dados divulgados em Julho mostram que a actividade caiu 2,7%, uma inversão face à subida expressiva de 9,6% registada em Maio. Em termos acumulados e face a igual período do ano passado, a queda atingiu 9,8%.
Quanto à opinião dos empresários relativamente à evolução da carteira de encomendas o resultado é melhor, ao verificar-se uma subida de 1,3% em Junho face ao mês anterior. Em termos homólogos, a variação da carteira de encomendas é expressiva, atingindo os 25,9%.
Nos primeiros cinco meses de 2015, foram licenciadas pelas câmaras municipais 2311 obras de reabilitação urbanas, o que traduz uma quebra de 18,8%, face às 2847 licenças emitidas no período homólogo. Por tipo de edifício, verificou-se uma quebra de 14,8% nos edifícios habitacionais e de 22,4% nos edifícios não residenciais.
O Governo aprovou os instrumentos financeiros para a reabilitação urbana e eficiência energética, que agregam apoios de 600 milhões de euros, mas que associados a verbas privadas, com destaque para os empréstimos Banco Europeu de Investimento (BEI) representarão um volume de financiamento de 3000 milhões de euros até 2020.
Os instrumentos financeiros agora aprovados, sustentados no Portugal 2020, permitem disponibilizar até 247 milhões de euros para a reabilitação urbana e 366 milhões de euros para a melhoria da eficiência energética.
Em declarações ao PÚBLICO, Manuel Reis Campos, presidente AICCOPN, salientou a importância dos programas agora aprovados, pelo volume de apoios em causa, mas também pela abrangência dos projectos que podem ser apoiados. “Este é o programa que vai permitir dinamizar de forma definitiva a reabilitação urbana”, sustentou Reis Campos.
Fonte: Publico